segunda-feira, 14 de abril de 2014

FORMULA 1 - 2014




Após início ruim da Ferrari em 2014, 





Domenicali não é mais o chefe do time

Desde que assumiu o cargo, em 2008, dirigente conquistou apenas um título de Construtores e nenhum de Pilotos; italiano sai da F-1, mas permanece em Maranello


Stefano Domenicali admitiu que a Ferrari está ansiosa pelo fim da atual temporada (Foto: Getty Images)Stefano Domenicali não é mais chefe da escuderia de Maranello (Foto: Getty Images)
Após um início amargo da Ferrari na temporada 2014 de Fórmula 1, em que o time italiano não subiu ao pódio em nenhuma oportunidade, Stefano Domenicali sucumbiu à pressão e deixará de ser chefe da escuderia de Maranello. Apesar de permanecer na companhia, o italiano dará lugar a Marco Mattiacci, chefe executivo da marca na América do Norte. 
Apesar de Domenicali ter conquistado o título de construtores em sua primeira gestão, em 2008, ele nunca conseguiu que um piloto vencesse o Mundial de Pilotos, com Felipe Massa perdendo o título daquele ano para Lewis Hamilton na última curva. Enquanto isso, Fernando Alonso deixou o campeonato escapar por pouco, para Sebastian Vettel, em 2010 e 2012. Stefano assumiu toda a responsabilidade pelo fraco desempenho da equipe.
- Existem momentos decisivos na carreira de todo o profissional em que é necessária a devida coragem para tomar decisões difíceis. É hora de uma mudança significativa e, como chefe, eu sou completamente responsável pela situação atual do time. A decisão foi tomada com o intuito de sacudir as coisas para o bem da equipe. Eu espero que a Ferrari volte para o lugar em que ela merece estar. Só lamento não termos sido capazes de colher o trabalho duro que plantamos ao longo dos últimos anos – afirmou Stefano, que iniciou sua carreira na companhia do cavalinho rampante em 1991.
Luca Di Montezemolo Stefano Domenicali ferrari gp da Itália (Foto: Agência Getty Images)Luca Di Montezemolo Stefano Domenicali ferrari gp da Itália (Foto: Agência Getty Images)
O presidente do time, Luca di Montezemolo, elogiou a atitude de Domenicali ao pôr os interesses do time acima dos próprios. O mandatário aproveitou para desejar as boas vindas ao novo chefe.
- Eu agradeço ao Stefano, não apenas pela sua dedicação e esforço, mas pelo grande senso de responsabilidade que tem demonstrado, sempre colocando os interesses da Ferrari acima de todos.  Tenho uma grande estima por ele e o vi crescer profissionalmente ao longo dos 23 anos em que temos trabalhado juntos. Eu desejo a ele todo o sucesso em seu futuro. Também desejo o melhor para Marco Mattiacci, que é um excelente gestor e conhece a companhia muito bem. Ele aceitou o desafio com entusiasmo – disse.
Marco Mattiacci, novo chefe da Ferrari na Fórmula 1 (Foto: Getty Images)Marco Mattiacci, novo chefe da Ferrari na Fórmula 1 (Foto: Getty Images)

Com as novas regras da F-1, introduzidas em 2014, a Ferrari viu uma oportunidade de voltar ao topo devido às vantagens que os fabricantes de motores teriam pela maior importância que os propulsores teriam nesta temporada. No entanto, enquanto a Mercedes imprimiu um claro domínio nas três primeiras corridas, o time italiano se viu lutando por posições no meio do grid, bem longe do topo.
No último GP, o do Bahrein, a dificuldade da escuderia em acompanhar os líderes ficou evidente, com Fernando Alonso e Kimi Raikkonen terminando em nono e décimo, respectivamente, em um carro que sofre com a clara falta de potência. A horrível prova no circuito de Sakhir não poderia ter acontecido em momento pior, já que, dias antes, o presidente da Ferrari havia criticado fortemente a mentalidade sustentável da F-1. O mandatário compareceu para assistir à prova, mas deixou o autódromo irritado, antes do fim, ao ver o quanto seus pilotos sofriam para terminar a etapa.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

ESPAÇO MOTOR


Carro do filme 'O Espetacular Homem-Aranha 2' é destaque em Long Beach

Tomy Drissi disputará corrida nas ruas californianas com Aston Martin do super-herói


Aos 55 anos, Tomy Drissi é movido pela paixão por filmes e velocidade. Nascido em Hollywood, o piloto e produtor de cinema ficou famoso por estampar imagens de filmes em seus carros. Neste final de semana, Drissi vai disputar o Pirelli World Challenge, tradicional campeonato de turismo americano, a bordo de um Aston Martin personalizado com as cores do famoso herói dos quadrinhos Homem-Aranha.   
- O carro ficou fantástico, e eu estou empenhado em colocar a Aston Martin na frente - empolgou-se Drissi, que fechou uma parceria com o estúdio responsável pela produção de “O Espetacular Homem-Aranha 2 - A Ameaça de Electro”, com estreia nos cinemas brasileiros marcada para o dia 2 de maio. 
O Aston Martin de Tomy Drissi na corrida de Long Beach deste fim de semana (Foto: Divulgação )O Aston Martin de Tomy Drissi na corrida de Long Beach deste fim de semana (Foto: Divulgação )

A competição chega à 25ª temporada este ano, e Drissi está ansioso pela segunda etapa de 2014, que será disputada no icônico circuito urbano de Long Beach, na Califórnia, em paralelo com a Fórmula Indy. Drissi exaltou o traçado misto de asfalto e concreto que sediou GPs da Fórmula 1 entre 1976 e 1983.   
- Esta corrida é tudo para mim. É como o GP de Mônaco na Fórmula 1. Long Beach é um ícone. A atmosfera é emocionante. É uma corrida, um concerto, uma festa. Long Beach é tudo o que você quer que seja, e muito mais - descreveu o americano.  
Tomy Drissi disputou as 24 Horas de Daytona com carro da animação 'Rio 2' (Foto: Divulgação )Tomy Drissi disputou as 24 Horas de Daytona com carro da animação 'Rio 2' (Foto: Divulgação )

Tomy Drissi disputou as tradicionais 24 Horas de Daytona deste ano com um protótipo da animação “Rio 2”, que acompanha as aventuras da arara-azul Blue no Brasil. Outras produções de sucesso em Hollywood já estampara os carros do piloto, como “Wolverine: Imortal”, “O Conselheiro do Crime” e “As Bem-Armadas”. 
Tomy Drissi já estampou filmes como 'Wolverine: Imortal', 'O Conselheiro do Crime' e 'As Bem-Armadas' em seus carros (Foto: Divulgação )Drissi já estampou filmes como 'Wolverine: Imortal', 'O Conselheiro do Crime' e 'As Bem-Armadas' nos carros (Divulgação)

terça-feira, 8 de abril de 2014

AYRTON SENNA DO BRASIL



Há 20 anos, 'show' de Ayrton Senna sob 




chuva encantava a Fórmula 1



Vitória magistral do tricampeão em Donington Park, no GP da Europa de 1993, entrou para a história com a melhor primeira volta de todos os tempos


Ayrton Senna pódio Donington Park 1993 (Foto: Getty Images)Ayrton Senna no pódio de Donington Park: a certeza
de uma grande exibição (Foto: Getty Images)
Considerada a maior rivalidade da história da Fórmula 1, a disputa entre Ayrton Senna e Alain Prost teve diversos capítulos entre 1984 e 1993, período no qual os dois competiram simultaneamente na categoria. Alguns momentos evidenciaram o lado calculista e racional do francês, como a polêmica decisão de campeonato de 1989, na qual ele provocou deliberadamente um acidente com Senna. Em outros, a pilotagem incandescente do brasileiro fez a diferença, deixando bem claro quem era o mais rápido na pista. Às vezes, não apenas rápido, e sim mágico. Foi o caso daquele 11 de abril de 1993, no asfalto molhado de Donington Park, na Inglaterra. Quinto colocado após a largada e com um carro tecnicamente inferior ao do pole Prost, Senna fez uma série de ultrapassagens em locais improváveis e precisou de menos de uma volta para alcançar a liderança. Uma exibição de gala que, 20 anos depois, ainda encanta os fãs de todo o mundo.
Considerada “a maior primeira volta da história” por muitos especialistas, a primeira das 76 passagens completadas pelo brasileiro nos 4.023 metros do circuito inglês deu o tom do que viria pela frente. Com uma McLaren bem inferior às Williams e com um motor menos potente que o da Benetton de Michael Schumacher, Senna fez apenas o quarto tempo no treino classificatório, a 1s7 de Prost. Na largada, foi espremido pelo alemão sobre uma zebra e caiu para quinto, atrás da Sauber de Karl Wendlinger, que se aproveitara da situação.

Ayrton Senna Prost largada Donington Park 1993 (Foto: Getty Images)Senna começou, então, seu show. Livrou-se de Schumi com facilidade e desceu o trecho seguinte lado a lado com o austríaco, que tinha a preferência da curva à frente. Mesmo sobre a pista molhada, o brasileiro acelerou por fora, despachou a Sauber e foi à caça de Damon Hill. Não demorou muito – menos de 40 segundos desde a luz verde – para superar o britânico antes de ir à caça de Prost. Acuado, o francês tentou espremer o brasileiro na penúltima curva do circuito, mas já era tarde. Com autoridade, a McLaren vermelha e branca assumiu a primeira posição. Um desempenho que assombrou os jornalistas que trabalhavam naquela prova, como a dupla de transmissão da TV Globo, testemunhas de um feito histórico.
No GP da Europa de 1993, Ayrton Senna largou em quarto, a 1s7 do pole Alain Prost (Foto: Getty Images)
- Não tive dúvida nenhuma de que estava vendo algo histórico, porque tive uma corrida inteira para raciocinar sobre isso. Só Ayrton Senna seria capaz de uma primeira volta, a mais fantástica que um piloto fez na história, e de uma vitória assim naquela circunstância. Eu disse ao engenheiro dele no fim da corrida “definitivamente, desse planeta ele não é”. E o cara falou: “disso eu nunca tive dúvida” – relembra Galvão Bueno, que narrou a prova direto do autódromo de Donington Park.
Só o Ayrton Senna seria capaz de uma vitória assim naquela circunstância"
Galvão Bueno
O detalhe irônico é que a imprensa inglesa havia criticado ferozmente a escolha desta pista, alegando que não havia pontos de ultrapassagem para carros de Fórmula 1. O comentarista Reginaldo Leme também participou da transmissão da TV Globo em Donington Park. E revela uma espécie de surpresa às avessas com o espetáculo apresentado por Ayrton Senna naquela tarde chuvosa. Para o jornalista, a certeza a respeito do próprio talento fez o tricampeão mundial guiar com maestria, carregado de uma confiança extrema.
- Convivendo no dia a dia com o Senna, o que mais me impressionava nele era sentir o quanto ele sabia que era bom, que ia chegar ali e ser dos melhores. Tinha certeza absoluta disso. Aquela primeira volta nem me chamou atenção como algo extraordinário, pois eu sabia que estava para acontecer a qualquer momento. Foi só uma confirmação – frisa Reginaldo, que cobriu de perto os oito títulos mundiais do Brasil na F-1.
De fato, Senna foi impressionante naquela edição do GP da Europa, que acabou sendo a única prova de Fórmula 1 realizada na pista de Donington. Depois de assumir a primeira posição, o brasileiro mostrou perícia na chuva e também em outro tipo de situação que ele dominava como poucos: a variação climática. Quando todos estavam com pneus para pista molhada, ele percebia que, com certo cuidado, já era possível andar de slicks. E parava nos boxes para trocar, levando vantagem sobre os demais. Depois, antevia que a chuva estava para se intensificar e colocava um novo jogo de pneus “biscoito” em seu carro. Daí, quando a água caía para valer, ele já estava contornando tranquilamente as curvas enquanto os outros patinavam.
Ayrton Senna Damon Hill corrida Donington Park 1993 (Foto: Getty Images)Ayrton Senna e Damon Hill terminaram nas duas primeiras posições em Donington (Foto: Getty Images)
Mais tarde, a pista tornaria a secar, obrigando uma nova troca. Com a volta da chuva, veio a opção por uma nova estratégia: em vez de trocar pneus, Ayrton se manteve na pista usando slicks, com um controle fantástico do carro.
'Erro' no box garante a melhor volta da corrida
Mas lidar com o clima não foi a única cartada de mestre do brasileiro naquele dia. No terço final da prova, Senna também fez uma experiência que surpreendeu muita gente, só que poucos se deram conta imediatamente do que ele estava fazendo. Em meio a tantos pit stops por causa das idas e vindas da chuva, o piloto entrou no box em um momento que a McLaren não estava pronta. Todos imaginaram alguma falha na comunicação via rádio, mas a verdade era outra. No circuito de Donington, a curva de entrada dos boxes é menor do que a curva que leva à reta principal. Como naquela época não havia limite de velocidade no pit lane, ao contrário de hoje em dia, o brasileiro usou este artifício para ganhar tempo na pista. Galvão reproduz as palavras que ouviu de Senna após a prova.
Vocês não entendem nada. Eu sabia que por ali era mais rápido"
Ayrton Senna, sobre o 'atalho' em Donington Park
- Eu me lembro de ter dito na transmissão: “alguém errou”. E no fim da corrida aparece como a volta mais rápida a que ele deu dentro do box. Eu perguntei: “você ficou louco?”. E ele: “Vocês não entendem nada. Eu sabia que por ali era mais rápido, eu fiz para experimentar. Quando me informaram que era a melhor volta da corrida, eu falei ‘OK, se o Prost passar à minha frente, eu vou passar ele por dentro do box’. Só isso”. Ele tinha essa genialidade de, no meio daquela água, naquela confusão, pensar nisso. Foi a primeira vez que um piloto pegou um atalho numa corrida – relata Galvão Bueno.
A melhor volta da prova foi 1s3 mais veloz que a de Damon Hill, segundo mais rápido naquele dia e também o segundo colocado na corrida. Hill foi o único que não levou ao menos uma volta de Senna antes da bandeirada final, mas terminou a 1m23s do brasileiro. Mesmo parando quatro vezes para trocar pneus, Senna deixou Prost em terceiro, uma volta atrás, ajudado pelo fato de que o francês, perdido com a inconstância da chuva, havia parado sete vezes. Uma verdadeira humilhação para o então tricampeão, franco favorito ao campeonato daquele ano, que no fim da temporada conseguiria, enfim, assegurar seu quarto título.
Ayrton Senna Damon Hill pódio Donington Park 1993 (Foto: Getty Images)No pódio com Hill, Senna vibrou muito com a exibição de gala em Donington Park (Foto: Getty Images)
Se o companheiro de Prost se deu bem para cima do parceiro consagrado em Donington, o mesmo não se pode dizer de Michael Andretti. Trazido dos Estados Unidos como estrela da Indy na tentativa de popularizar a F-1 em território norte-americano, o companheiro de Senna na McLaren abandonou a corrida exatamente durante o show do brasileiro na primeira volta, após uma colisão com Wendlinger. Campeão mundial de 1978, o pai de Michael soltou uma frase emblemática a respeito do abismo entre Ayrton e os demais pilotos em meio ao jantar comemorativo promovido pelo proprietário do time, Ron Dennis, e regado a “muito vinho e muita gargalhada”, segundo Galvão Bueno.

- Naquele dia me coube sentar à mesma mesa onde estava o Mario Andretti, que tinha ido dar uma força para o Michael. E o comentário dele foi mais ou menos assim: “como é que meu filho vai fazer para acompanhar um cara desse?” – conta Galvão.
Donington foi palco do primeiro teste de Senna com um F-1
Para Reginaldo, a exibição de Senna em Donington Park em 1993 imediatamente trouxe recordações de outra visita que ambos haviam feito àquela pista dez anos antes. Em julho de 1983, ainda como piloto da F-3 Inglesa, Senna foi convidado por Frank Williams para testar um carro de Fórmula 1 pela primeira vez. Único jornalista presente ao teste, o comentarista não se esquece de alguns detalhes emocionantes do primeiro encontro de um gênio com o seu maior objeto de desejo. Tudo captado pelas lentes do repórter cinematográfico Sérgio Gilz.

- A gente combinou o horário de tomar o café e sair do hotel, mas o Ayrton bateu à porta do meu quarto, talvez com medo que eu atrasasse. Começamos a filmar e ele deu aquela batidinha com a mão no carro, dizendo “é hoje”. Aí veio aquela declaração em que ele se emociona, já de capacete, um pouquinho antes e ligar o carro e sair, dizendo que Deus que estava proporcionando isso a ele. Se emocionou mesmo, você o vê chorando. Comecei a ver os tempos e fiquei curioso, daí fui para uma chicane que havia ali perto, para ver como ele fazia. Fiquei exatamente no ponto da freada, e foi incrível – observa Reginaldo, reconstituindo o dia em que Ayrton Senna foi mais rápido que a então dupla titular da Williams.
Ayrton Senna Williams 1983 primeiro teste na Fórmula 1 Donington Park (Foto: Reprodução)Em seu primeiro teste na F-1, Ayrton Senna guia a Williams de 1983 em Donington Park (Foto: Reprodução)
Circuito rende homenagens em museu temático
Blog Voando Baixo - Donington Park e seu museu - Estátua Senna (Foto: Divulgação)Estátua de Senna fica ao lado da de Fangio na
entrada do circuito britânico (Foto: Rafael Lopes)
Mesmo não recebendo mais um GP de Fórmula 1, Donington Park continua sediando provas de outras categorias, especialmente dos torneios britânicos de automobilismo. Não por acaso, o autódromo abriga também um museu que atrai milhares de fãs anualmente, ainda mais depois que a pista ficou conhecida em todo o mundo como o palco de uma das maiores exibições da carreira de Ayrton Senna. O brasileiro é lembrado logo na entrada do circuito, com uma estátua em tamanho natural posicionada diante de outra do argentino Juan Manuel Fangio, pentacampeão mundial na década de 1950 e grande ídolo de Ayrton.
A relação de Senna com este autódromo é perceptível também no acervo de carros de corrida, macacões e capacetes expostos no museu. Lá estão as McLarens de seus três títulos (1988, 1990 e 1991) e uma Toleman guiada pelo brasileiro em sua temporada de estreia, em 1984. Além, evidentemente, da McLaren de 1993 com a qual Ayrton Senna se mostrou rápido feito um raio debaixo da chuva inglesa. Dizem que raios não caem duas vezes no mesmo lugar. Contudo, Senna provou que eles podem, de vez em quando, ultrapassar vários carros na mesma volta.

AYRTON SENNA DO BRASIL


Bruno guia Lotus de Ayrton e encanta ex-





rival: 'Aquele carro, aquele olhar...'


Em gravação para especial sobre os 20 anos sem o tricampeão, sobrinho do ídolo brasileiro Lotus 98T no circuito de Donington Park e deixa Martin Brundle nostálgico



Bruno Senna pilota Lotus 98T de Ayrton Senna em Donington Park (Foto: Reprodução/Twitter)Bruno Senna pilota Lotus 98T de Ayrton Senna em Donington Park (Foto: Reprodução/Twitter)


“Aquele carro. Aquelas cores de capacete. Aquele olhar. Poderoso”. Esse foi o depoimento do ex-piloto de Fórmula 1 Martin Brundle ao ver Bruno Senna no cockpit da
 Lotus 98T, guiada por Ayrton Senna em 1986. Sobrinho do tricampeão mundial, Bruno participa de uma filmagem em Donington Park (Inglaterra) para um especial da Sky Sports para lembrar os 20 anos sem o ídolo das pistas. Bruno e Brundle são comentaristas do canal britânico. Brundle foi o grande rival de Ayrton na Fórmula 3 inglesa em 1983 e substituiu o piloto na McLaren em 1994.
- Pilotando a Lotus 98T do Ayrton em Donington Park hoje! Muito especial! 
Bruno Senna pilota Lotus 98T de Ayrton Senna em Donington Park (Foto: Reprodução/Twitter)Bruno Senna pilota Lotus 98T de Ayrton Senna em Donington Park (Foto: Reprodução/Twitter)

Com a Lotus 98T, Ayrton Senna conquistou sete pole positions e duas vitórias ao longo da temporada 86 da Fórmula 1. Já em Donington Park, o tricampeão venceu a única corrida da F-1 disputada no circuito, em 1993, no GP da famosa "melhor primeira volta da história" da categoria. Foi nessa pista também que Ayrton testou pela primeira vez um carro de F-1, em julho de 1983.
Ayrton Senna Lotus 1986 hall da fama (Foto: Getty Images)Ayrton Senna com a Lotus 98T durante a temporada de 1986 da Fórmula 1 (Foto: Getty Images)

segunda-feira, 7 de abril de 2014

AYRTON SENNA DO BRASIL




Série Ayrton Senna do Brasil: primeiro 




episódio mostra o início do mito



Galvão Bueno lembra que piloto o chamou e se apresentou: 'Você vai narrar muitas vitórias minhas'. Confiança era uma das marcas do ídolo


Dois anos antes de se tornar piloto de Fórmula-1, Ayrton Senna encontrou com Galvão Bueno em um GP na Bélgica. Destemido, ele chamou o narrador da TV Globo e disse: "Você ainda vai ouvir muito falar de mim". O comentarista Reginaldo Leme, que também participa do projeto, afirma que Senna tinha uma segurança muito grande de seu potencial, desde muito novo. O primeiro episódio da série 'Ayrton Senna do Brasil' mostra o início da carreira do mito.
Galvão, Reginaldo Leme e Ayrton Senna na Bélgica (Foto: Reprodução)Galvão, Reginaldo Leme e Ayrton Senna na Bélgica (Foto: Reprodução)
- A primeira vez que eu o vi correr foi na Bélgica. Ele se aproximou e disse assim: "o senhor é o Galvão Bueno? Eu sou o Ayrton Senna da Silva, o senhor vai ouvir falar muito de mim, e ainda vai transmitir muita corrida minha. 
- Eu nunca vi ninguém com a confiança dele, um negócio assim extraordinário - relembra Reginaldo Leme. 
- Se algum dia saiu alguma coisa minha de sentimento, sem ter sido pensado, foi acrescentar ao nome dele a palavra Brasil. A gente vê que não importa a região do Brasil, o tamanho da cidade, ou a idade das pessoas. Sempre existe alguém que ficou muito marcado pelo Ayrton - lembra Galvão Bueno ao se referir ao famoso grito: Ayrton Senna do Brasil. 
Pilotos e ex-pilotos, artistas, personalidades, brasileiros e estrangeiros falaram sobre Ayrton Senna para as lentes desse documentário, que é uma parceria entre a TV Globo e a produtora Bizum. Revelações, memórias, polêmicas e depoimentos emocionados de fãs, familiares e adversários. 
Galvão Bueno e Reginaldo Leme na gravação do documentário sobre Ayrton Senna (Foto: Alfredo Bokel/Roberto Riva)Galvão Bueno e Reginaldo Leme na gravação do documentário sobre Ayrton Senna (Foto: Alfredo Bokel/Roberto Riva)
- Eu que não sou fã número 1 de automobilismo, ficava em casa aos domingos. Eu não saía de casa no domingo para ver o Ayrton correr. Como se fosse ver um jogo de futebol, como se fosse ver o Pelé, um Zico. Um grande artista. Eu realmente era fã do Ayrton Senna - declarou Carlos Alberto Parreira. 
Os grandes duelos, os bastidores de uma carreira vitoriosa interrompida precoce e abruptamente. Vai valer a pena você se sentar diante da televisão para ver os próximos três episódios. Você que o viu em ação, você que não o viu, você que não se esquece de Ayrton, Ayrton, Ayrton Senna do Brasil!.
EE mostra série sobre Ayrton Senna (Foto: Reprodução TV Globo)Ayrton Senna do Brasil - 20 anos após tragédia, idolatria continua