terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Ross Brawn garante que Hamilton não se arrependerá por guiar Mercedes

Chefe da escuderia alemã afirma que objetivo é construir carro vencedor em 2013 e diz que piloto inglês não tem motivos para se preocupar
Ross Brawn (Foto: Getty Images)                                                                                  Para Ross Brawn, Mercedes será capaz de brigar
por vitórias em 2013 (Foto: Getty Images)
 
O desempenho de Lewis Hamilton na próxima temporada da F-1 é um dos enigmas que só serão desvendados após a primeira prova da categoria em 2013. Após a troca da McLaren pela Mercedes, o piloto inglês foi questionado até pelo ex-chefe Martin Whitmarsh, que chegou a classificar a decisão do campeão mundial de 2008 como um erro. Mas para o novo chefe de Hamilton, Ross Brawn, o competidor não terá motivos para se arrepender. O comandante da Mercedes garantiu que a escuderia alemã está preparando um carro capaz de brigar por vitórias no ano que vem.
- Espero que consigamos. Estamos trabalhando duro para dar a Hamilton e Nico Rosberg a oportunidade de conquistar pole positions e ganhar corridas. Essa é a nossa grande ambição, e nosso principal objetivo. É claro que é difícil evoluir tanto a partir de onde estamos hoje, mas vamos continuar tentando, mesmo se não atingirmos todos os resultados já no próximo ano - afirmou Brawn, em entrevista ao site “Autosport”.
As incertezas em relação ao futuro de Hamilton na F-1 são fundamentadas pelo confronto de resultados entre McLaren e Mercedes no campeonato deste ano. O piloto inglês venceu quatro corridas (Canadá, Hungria, Itália e EUA) e ficou em 4º no ranking, com 190 pontos. A McLaren foi a terceira entre os construtores, com 378 pontos. Já a Mercedes terminou apenas em quinto lugar, com uma única vitória de Nico Rosberg, no GP da China, além do segundo lugar de Rosberg em Mônaco e o terceiro lugar de Michael Schumacher no GP da Europa.
Lewis Hamilton, GP do Brasil (Foto: Getty Images)                                                         Com quatro vitórias em 2012, Hamilton terminou o Mundial em 4º (Foto: Getty Images)
A promessa da escuderia alemã é continuar com investimentos pesados no automobilismo, até alcançar condições de brigar pelos títulos mundiais. Recentemente, a Mercedes reformulou sua equipe de técnicos e engenheiros para postular melhores resultados nas próximas temporadas, e contratou o tricampeão Niki Lauda para um cargo não executivo no Conselho de diretores da empresa. Diante do desempenho irregular da Mercedes, Hamilton chegou a insinuar que uma vitória em Interlagos, no encerramento da temporada 2012, seria sua última oportunidade de subir no lugar mais alto do pódio nos próximos anos.
- Acho que Lewis estava sob a emoção da despedida. Tenho certeza de que, em seu coração, ele quer fazer poles e ganhar corridas com a Mercedes. Prefiro pensar que podemos alcançar esses resultados no próximo ano, mas Lewis tem consciência do caminho que precisará percorrer para seguir em frente – comentou o chefe da escuderia alemã.
A estreia oficial de Hamilton na Mercedes será no GP da Austrália, marcado para 17 de março. O inglês tem contrato de uma temporada com a equipe alemã.

Diretor da HRT dá indícios de que a equipe encerrará suas atividades

Por meio do Twitter, Toni Cuquerella afirma que escuderia espanhola pode ter feito sua última temporada: 'Hoje, foi escrita a última página da HRT'

O diretor-técnico da HRT, Toni Cuquerella, deu indícios de que a equipe encerrará suas atividades em 2013. Em sua conta no Twitter, Cuquerella afirmou que, hoje, escreveu a última história da equipe. Em lista divulgada neste sábado, a FIA confirmou que apenas 22 carros estão inscritos para a temporada do ano que vem.
- Há quatro anos, propus a um amigo que fizéssemos uma equipe de Fórmula 1. Hoje, depois de três temporadas, foi escrita a última página da HRT - disse o dirigente
No início de Novembro, o grupo propietário da equipe espanhola, Thesan Capital, anunciou que estava negociando a venda da equipe com empresas e fundos interessados. Na época, os responsáveis pelo time afirmaram que esperavam encontrar um novo dono nas próximas semanas. O principal motivo para a transação seria a necessidade de aumentar os investimentos a fim de manter a HRT disputando a Fórmula 1. Recentemente, a fornecedora de motores da escuderia, a britânica Cosworth, também foi colocada à venda.
Narain Karthikeyan hrt gp da índia  (Foto: Agência Reuters)                                                      Narain Karthikeyan, da HRT, durante o GP da Índia, em outubro (Foto: Agência Reuters)
A escuderia obteve licença em 2009 e estreou no ano seguinte, como a primeira de origem espanhola da Fórmula 1. A HRT foi fundada pelo ex-piloto espanhol Adrián Campos, que disputou a categoria no final dos anos 1980, e ostentou o sobrenome de seu criador até a aquisição, já em sua temporada de estreia, pelo empresário José Ramón Carabante. O novo dono rebatizou a empresa como Hispania Racing Team, em referência ao Grupo Hispania, companhia de sua propriedade. Este ano, a HRT disputou a categoria com o espanhol Pedro de la Rosa e o indiano Narain Karthikeyan, sem conseguir somar nenhum ponto.
Em sua primeira temporada, a equipe teve o indiano Karun Chandhok, o japonês Sakon Yamamoto e o austríaco Christian Klien entre seus pilotos, além de ser responsável pela estreia do brasileiro Bruno Senna na categoria. Em 2011, já com Narain Karthikeyan e contando ainda com o australiano Daniel Ricciardo e o italiano Vitantonio Liuzzi, o time repetiu o 11º lugar de construtores da estreia.