Isso sim era pilotar!!!!!!!!!!!!!
A avançada tecnologia de hoje da Fórmula 1 mantém os carros colados ao chão praticamente o tempo todo, graças aos constantes e minuciosos ajustes eletrônicos. E as pistas às vezes se parecem tapetes padronizados à beira da chatice. Em tempos de mais mecânica e menos computador, não era assim. E algumas fotos reunidas em um post do blog Iso 50 nos lembram disso: nos anos 1960 e 1970, as máquinas de F-1 realmente decolavam do asfalto no antigo e complicado circuito de Nürburgring, na Alemanha.
Nürburgring não era um autódromo. Era um circuito composto por trechos de estradas que cortam uma floresta (clique na foto ao lado para ver o mapa do circuito em tamanho maior).
Portanto, sendo a adaptação de uma estrada, tinha lombadas, defeitos de asfalto, descidas e subidas repentinas, e curvas fechadíssimas.
O traçado estabelecido para corridas de F-1 tinha quase 23 quilômetros, muitos pontos cegos para câmeras de filme e TV, e as corridas tinham apenas 14 voltas (embora a quilometragem total da prova fosse similar às de outros GPs da temporada), cada uma durando mais de 7 minutos.
Enfim, era mais um desafio à destreza dos pilotos que entretenimento para o público.
O escocês Jackie Stewart, tricampeão mundial em 1969/71/73, chamava a pista traiçoeira de “O Inferno Verde”, por causa da floresta. Na foto acima e na de baixo, podemos ver Stewart voando com dois carros diferentes (um Matra em 1969 e um Tyrrell em 1973).
O velho e extenso circuito de Nürburgring foi usado na F-1 de 1950 até o GP da Alemanha de 1976, quando o então campeão mundial Niki Lauda quase morreu depois de bater em outro carro e ficar preso em sua Ferrari em chamas. Na foto a seguir, Lauda voando naquele fim de semana dramático.
O desastre, para o qual os problemas da pista contribuíram, e a demora no atendimento médico causada pela dificuldade de acesso a vários pontos foram determinantes para exterminar o velho Nürburgring do calendário. Até o acidente de Lauda, 51 pilotos de várias categorias tinham morrido no “Inferno Verde”.
O circuito foi reformulado, reduzido, deixado com cara de autódromo construído dentro de normas de segurança mais rígidas. E assim os Fórmula 1 deixaram de voar de verdade.
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