Bruno Senna compara Stock com o
Endurance e cogita 'correr em casa'
Após três temporadas na Fórmula 1 e uma no Mundial de Endurance, piloto quer renovar com a Aston Martin, mas diz que Stock Car está em seus planos
Formado em categorias de monoposto, como a F-3 Inglesa e a GP2, Bruno Senna chegou à Fórmula 1 em 2010. Ficou lá até 2012, quando não conseguiu um bom acordo e optou por mudar de ares e disputar o Mundial de Endurance. Após um bom desempenho com a Aston Martin em seu primeiro campeonato em carros de turismo, o sobrinho do tricampeão de F-1 Ayrton Senna fez sua estreia na Stock Car no último domingo, como convidado na Corrida do Milhão. Elogiado pelos integrantes da equipe A. Mattheis, ele participou do programa “Linha de Chegada” ao lado dos colegas Ricardo Maurício, campeão da Stock em 2013, e Ricardo Zonta, vencedor da prova milionária. E disse a Reginaldo Leme que pode optar pela Stock caso decida voltar ao Brasil.
- O importante para minha carreira é ter um futuro mais consistente. Mudei muito de categoria nos últimos anos. Na Aston Martin, seria a primeira vez na mina carreira que eu continuaria com a mesma equipe para o ano seguinte, e isso é ótimo para lutar pelo campeonato. Mas se a proposta no Endurance não for a mais correta, melhor vir aqui para o Brasil, tem muito potencial. Não desisti da carreira internacional, existem algumas propostas fora da Europa também, mas correr em casa é uma coisa que eu sempre quis. Eu moro fora há quase dez anos, mas minha casa é minha casa – disse Bruno.
O piloto de 30 anos apontou as principais diferenças entre o Aston Martin que pilotou no Mundial de Endurance e o carro da Stock Car. Ambos são modelos de turismo, com o cockpit fechado, mas mesmo assim cada modelo requer uma técnica peculiar para ser pilotado. A visibilidade também é bastante diferente.
- O Aston Martin tem um parabrisa muito pequeno, você não vê muito longe. Mas os espelhos do Stock são bem piores, ver em volta do carro é em mais difícil, e isso contribui para você não saber exatamente onde estão os outros carros quando está disputando posições. Isso poderia melhorar um pouquinho para evitar aqueles esfregões.. mas eu me diverti no carro. O Aston é um carro de rua preparado para a corrida, e o Stock é um carro de corrida – frisa Senna.
Campeão da temporada 2013 da Stock Car, Ricardo Maurício concorda que a questão da visibilidade dentro do carro da principal categoria do automobilismo brasileiro ainda precisa ser trabalhada. E revela que seu time, a RC Competições, já testou uma solução que é bem comum no próprio Mundial de Endurance e também em outras categorias, como o Mundial de GT. Mas diz que o projeto não foi levado adiante pela Confederação Brasileira de Automobilismo.
- Na nossa equipe, pegamos uma ideia que já se usa nos EUA e nos campeonatos de GT: colocamos uma câmera atrás e uma tela de LCD dentro do nosso carro. Porque o retrovisor do meio nem precisa existir, e nos laterais até se enxerga, mas não é muita coisa. Mostramos até para na CBA, é uma coisa que nem ficou tão cara, mas acabaram não aderindo – afirmou Ricardinho.
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