FORMULA 1 - 2014

Verde de raiva: Massa se torna o Hulk em brincadeira com 'Os Vingadores'

Montagem que faz sucesso na web mostra brasileiro como super-herói dos quadrinhos

Com nove títulos do Mundial de Construtores e sete de Pilotos, a Williams é uma das equipes mais vencedoras da história da Fórmula 1. Nos últimos anos, entretanto, a tradicional escuderia britânica deixou de frequentar a ponta do grid. Na internet, o plano de reestruturação do time fundado por Sir Frank Williams gerou comparações com o grupo de super-heróis do filme "Os Vingadores", sucesso do cinema em 2012.

Um internauta fez uma bem-humorada montagem transformando o time de Felipe Massa e Valtteri Bottas nos famosos personagens que impedem a destruição da Terra. O brasileiro, considerado peça-chave para a reviravolta da Williams, aparece caracterizado como o Incrível Hulk, enquanto o companheiro finlandês se tornou o Capitão América. A brincadeira também menciona o engenheiro Rob Smedley, recém-anunciado na equipe, além da chefe-adjunta Claire Williams. Confira:

Felipe Massa e os companheiros da Williams em brincadeira com o filme 'Os Vingadores' (Foto: Reprodução / Zsolti)

Os primeiros testes da pré-temporada foram promissores para a Williams, que conseguiu melhorar a confiabilidade do novo FW36 e também soube explorar o potencial do motor fornecido pela alemã Mercedes. Massa e Bottas, que ganharam a companhia de Felipe Nasr e Susie Wolff como pilotos reservas, voltam ao Bahrein a partir desta quinta-feira, para a última bateria de testes antes da abertura do campeonato, no GP da Austrália, em 16 de março.  

FORMULA 1 - 2014

Susie será primeira mulher a participar de 

fim de semana de GP após 22 anos

Pilota de desenvolvimento da Williams guiará o FW36 em dois treinos livres durante 2014. Chefe adjunta, no entanto, não tem planos para inglesa virar titular futuramente

Susie Wollf, pilota de desenvolvimento da Williams (Foto: Divulgação)

No início desse mês, a Sauber anunciou Simona de Silvestro como pilota afiliada. Trata-se de um programa de preparação, com testes de pista, simuladores, preparação física e psicológica para que a suíça de 25 anos adquira a superlicença e se torne pilota titular em 2015. Nesta segunda-feira, aWilliams confirmou a permanência de outra presença feminina na F-1: Susie Wolff, de 31 anos, continua no papel de pilota de desenvolvimento. Neste ano, porém, o contrato de Susie prevê um avanço: a oportunidade de guiar, ao longo do ano, o FW36 em dois treinos livres das sextas-feiras, em GPs ainda não definidos. Isso fará da britânica a primeira mulher a participar de um fim de semana de GP desde a italiana Giovanna Amati, que em 1992 disputou treinos classificatórios em três ocasiões tentando, sem sucesso, classificar-se para corridas. No entanto, Claire Williams, chefe adjunta da equipe, explicou que, apesar do desejo da pilota de 31 anos em se tornar titular algum dia, não há planos para que a britânica assuma esse posto futuramente no time dos brasileiros Felipe Massa e Felipe Nasr.

- Susie tem trabalhado como pilota de desenvolvimento para o time, o que é um trabalho muito importante em razão de a Fórmula 1 ser uma corrida de desenvolvimento. Ela trabalha com nossos engenheiros na fábrica para ajudar no desenvolvimento do carro. Mas temos pilotos titulares e reservas e Susie tem um papel de valor e está exercendo bem esse papel no momento – explicou.

SAIBA MAIS

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Giovanna Amati participou de três fins de semana de GP de Fórmula 1 em 1992 (Foto: Getty Images)

 

Até hoje, apenas cinco mulheres participaram de grandes prêmios da F-1: Maria Teresa de Filippis (1958 a 69), Lella Lombardi (74 a 76), Divina Galica (76 e 78), Desire Wilson (80) e Giovanna Amati (92). Apenas as duas primeiras chegaram a disputar provas oficiais, enquanto Lella foi a única a atingir a zona de pontuação: marcou 0,5 ponto no GP da Espanha de 1975. Mesmo sem expectativa de se tornar titular, Susie celebra a função na Williams:

- Estou grata pelo apoio e confiança que a Williams continua a depositar em mim e 2014 promete ser um marco importante na minha carreira. Minhas responsabilidades têm aumentado na equipe como prova com a oportunidade de testar o carro em Silverstone, além dos testes em linha reta no ano passado. Participar de dos treinos livres além de um teste será um grande passo. Estou ansiosa para estar ao volante do FW36 em um fim de semana de GP. É um desafio que saboreio e uma grande chance de continuar apoiando a equipe – celebrou a pilota que disputou o campeonato alemão de turismo (DTM) por sete temporadas.

Susie Wolff é pilota de desenvolvimento da Williams desde 2013 (Foto: Divulgação)

Susie Wollf guiou o FW35 durante testes de Silverstone em 2013 (Foto: Divulgação)

Claire esteve no RJ para fechar parcerias para a equipe (Foto: Divulgação/Petrobras)

Claire Williams torce por Simona na Sauber

Em um ambiente predominantemente masculino, Claire Williams destacou a crescente presença feminina na Fórmula 1, citando, além de Susie e Simona, a presença de Monisha Kaltenborn na chefia da Sauber.

- É interessante. A F-1 é uma indústria predominantemente masculina, mas isso está mudando e mudando muito rápido. Nós temos uma chefe mulher na Sauber, a Monisha, temos a Susie como pilota de desenvolvimento e a Simona na Sauber. É muito importante. Mas o mais importante é saber se a pessoa sabe fazer seu trabalho ou não. Mas é legal ver um maior número de mulheres na F-1, em diferentes papeis. Na Williams temos muitas engenheiras mulheres. Não é usual, mas é uma grande coisa. Isso encoraja mais mulheres para entrar no automobilismo.

Simona de Silvestro, pilota afiliada da Sauber (Foto: Divulgação)

Claire também demonstrou apoio para que Simona Silvestro e a Sauber tenham sucesso no projeto para que a suíça se torne titular.

- Absolutamente! Não há porque ela não poder chegar lá. Mas a questão é se o piloto ou pilota é capaz. Estamos na F-1, temos que ter os melhores pilotos. Se a mulher for essa melhor pilota, o sexo não fará diferença caso ela seja capaz de ser a mais rápida em um carro de corrida.

A dirigente, no entanto, evita fazer previsões de quando uma mulher, enfim, alinhará em uma corrida de F-1, quebrando o jejum que dura desde 1976, quando a italiana Lella Lombardi disputou a última de suas 12 provas pela categoria.

- Não sei. Não é possível dizer. Depende de muitos fatores. Como a pilota se desenvolverá na base, o quão rápido ela será. Seria legal ter uma bola de cristal para saber, mas não é possível saber quando uma mulher voltará a alinhar no grid.

Italiana Lella Lombardi disputou 12 GPs de Fórmula 1 na década de 1970 (Foto: Getty Images)

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Williams-Petrobras: assinatura nesta terça

A Williams terá novamente a Petrobras como uma de suas parceiras técnicas. O anúncio será feito nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, às 10h (de Brasília), na sede da empresa brasileira. Estarão presentes Claire Williams, chefe-adjunta da equipe inglesa, e Maria das Graças Foster, presidente da petrolífera. De duração de três anos inicialmente, o contrato estabelece, como é de praxe, o desenvolvimento de combustíveis e de lubrificantes para os motores Mercedes turbo 1.6 V6, que a Williams usará em 2014.

Williams e Petrobras têm um passado de sucesso. Entre 1998 e 2008, as duas empresas tiveram um contrato de desenvolvimento de produtos. Os combustíveis da petrolífera brasileira passaram por quatro marcas de motores: Mecachrome (o antigo Renault V10), BMW, Cosworth e Toyota. O retorno de todas as fabricantes foi muito positivo. A BR tinha um contrato fechado com a Honda para 2009, mas acabou surpreendida pela saída da montadora japonesa e de sua equipe da Fórmula 1 no fim da temporada 2008.

O primeiro capítulo da parceria com a Williams durou 11 temporadas, com 649 pontos marcados, 10 vitórias, 19 poles positions, 19 melhores voltas e 54 pódios. Além disso, conquistou dois vice-campeonatos mundiais de Construtores em 2002 e 2003 e dois terceiros lugares no Mundial de Pilotos, ambos com Juan Pablo Montoya, também em 2002 e 2003.

Apesar de estar fora da Fórmula 1 desde 2009, a Petrobras continuou a desenvolver o combustível para a Fórmula 1 por meio de testes periódicos com as montadoras presentes à categoria. O último deles foi no fim do ano passado, quando a empresa brasileira testou a gasolina em um exemplar do novo motor turbo da Renault na fábrica de Viry-Chatillon, na França. Segundo fontes ligadas à petrolífera, o ano de 2014 deverá ser dedicado à produção em larga escala do novo combustível para que, em 2015, seja usado em toda a temporada pela Williams no campeonato da maior categoria do automobilismo mundial.

Para encerrar, um detalhe importante: o fechamento do contrato entre Petrobras e Williams nada teve a ver com a presença de Felipe Massa. Não sejamos ingênuos, contudo: é claro que a presença do piloto brasileiro ajudou no processo. Mas não é um patrocinador pessoal de Massa. É uma parceria técnica entre duas empresas. O que comprova que a contratação do brasileiro ex-Ferrari foi um acerto em termos de atrair novos parceiros para a equipe inglesa, que tem um projeto para renascer na Fórmula 1.

Em tempo: os testes de Jerez de la Frontera podem ter marcado a última vez em que a pintura azul da Williams foi à pista. A equipe deve apresentar suas novas cores já nos testes do Bahrein, nesta semana.

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Massa atingiu maior velocidade em Jerez, aponta levantamento: 307 km/h

De acordo com ranking informado pela 'Auto Motor und Sport', brasileiro foi o que 
mais explorou potencial do motor Mercedes na bateria de testes da pré-temporada

O desempenho da Williams nos primeiros testes da pré-temporada, em Jerez de la Frontera, pode ter sido ainda mais expressivo. De acordo com a revista alemã "Auto Motor und Sport", o novo carro da escuderia britânica registrou a velocidade mais alta durante os quatro dias de avaliações na Espanha, tanto em linha reta quanto nas curvas. 

Com Felipe Massa ao volante, a FW36 atingiu 307,6 km/h no ponto de maior aferição da pista, localizado no fim da reta oposta, e 286,4 km/h na linha de chegada, no terceiro dia de testes, o que evidencia a superioridade dos motores Mercedes - algo que já havia ficado bastante claro em Jerez. A melhor volta da semana ficou por conta de outro motor Mercedes, da McLaren do novato Kevin Magnussen.

- O desempenho de Felipe Massa com a Williams-Mercedes mostra, claramente, uma boa eficiência aerodinâmica do carro. Como o brasileiro acabou com o segundo melhor tempo do terceiro dia de testes, podemos supor que a nova FW36 tem capacidade para entregar um rendimento ainda melhor - destacou a publicação. 

Felipe Massa alcançou a velocidade mais alta em Jerez: 307,6 km/h em linha reta (Foto: Getty Images)

Segundo a "Auto Motor und Sport", o inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, alcançou a segunda maior velocidade máxima na pista andaluza: 300,8 km/h no ponto máximo e 277,6 km/h na linha de chegada. Na sequência, aparece a dupla da McLaren, que também utiliza o propulsor alemão. O novato Kevin Magnussen fez 300,8 e 272,7 km/h, e o veterano Jenson Button cravou 291,8 e 268,6 km/h.

A Ferrari só surge na sexta posição, com Fernando Alonso, que atingiu a máxima de 289,5 km/h. A diferença considerável em relação à marca alcançada pelos motores Mercedes levou a revista alemã a sugerir que a escuderia italiana não utilizou todo o potencial de seu novo propulsor na sessão de Jerez.

Circuito de Jerez de la Frontera (Foto: Reprodução/Google Earth)

Sem qualquer surpresa, os times equipados com motores da Renault registraram as velocidades mais baixas nos quatro dias de testes na Espanha. Na oitava posição, o francês Jean-Eric Vergne, da STR, alcançou 278,3, enquanto o australiano Daniel Ricciardo, em 10º, atingiu 230,7 km/h com o novo RBR em linha reta. 

No ranking de tempos registrados na pista andaluza, Massa ficou em segundo lugar. Após 133 voltas, o piloto brasileiro conseguiu anotar 1m23s700s. O melhor tempo da bateria ficou com o dinamarquês Magnussen, que percorreu o traçado em 1m23s276s, após 162 voltas. O atual tetracampeão Sebastian Vettel completou apenas 11 voltas e foi o 17º (1m38s320s).

Fernando Alonso foi o mais rápido da Ferrari, atingindo a velocidade de 289,5 km/h na reta (Foto: Agência AFP)

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Após polêmica dos 'zerinhos', FIA libera 'ato de celebração' a vencedor

Depois de multar Vettel por quebra de protocolo em celebração do tetra, federação acrescenta item nas regras para que pilotos comemorem vitória sem serem punidos

Quando Sebastian Vettel assegurou o tetracampeonato, no GP da Índia de 2013,celebrou fazendo “zerinhos” e largando o carro no meio da pista para escalar o alambrado e comemorar com a torcida (relembre no vídeo), voltando para os boxes a pé. Uma festa que levou ao delírio o público presente no Circuito Internacional de Buddh e encantou os fãs da Fórmula 1 ao redor do mundo. No entanto, a emoção do jovem alemão não amolecou o coração dos diretores de prova, que aplicaramuma advertência e uma multa de 25 mil euros à equipe RBR pela quebra de protocolo. Em tempos de uma F-1 mais regrada e pouco descontraída, a repreensão a uma comemoração espontânea de um campeão mundial foi alvo de muitas críticas dos fãs da categoria, que acharam a medida exagerada e desnecessária. 

Os fiscais, porém, apenas cumpriram o artigo 43.3 do regulamento esportivo daquele ano, que determinava que “depois de receber o sinal de fim de corrida, todos os carros devem prosseguir diretamente para o parque fechado, sem qualquer atraso desnecessário, sem receber qualquer objeto e sem qualquer assistência (exceto dos fiscais, se necessário)”.

Vettel quebrou o protocolo e celebrou o tetra com zerinhos. Depois, largou o carro no meio da pista (Foto: AFP)

Nas corridas seguintes, já com o título garantido, Vettel repetiu religiosamente os “zerinhos” após cada vitória, mas diferentemente da prova anterior, levou o carro para o parque fechado. Nessas vezes, no entanto, a direção de prova fez vista grossa e não aplicou nenhuma sanção, apesar de poder ter enquadrado os casos como “atrasos desnecessários”.

Para esta temporada, porém, com o objetivo de evitar medidas impopulares como a descrita, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) se preveniu e complementou o regulamento esportivo da F-1 para que tais comemorações não sejam mais passíveis de punição, desde que respeite quesitos como segurança, legalidade do carro e que não atrase a cerimônia do pódio.

No regulamento completo da temporada 2014 da F-1, publicado neste mês no site oficial da entidade, é possível ver a inclusão do seguinte texto ao artigo 43.3, que faz referência também ao artigo 30.4, que determina que “sob nenhuma circunstância, um piloto pode parar seu carro na pista sem razão justificável”.

“Uma exceção do artigo 30.4 e do acima será feita ao piloto vencedor, que pode realizar um ato de celebração antes de chegar ao parque fechado, desde que tal ato:

a) seja realizado de forma segura e não ponha em risco outros pilotos ou qualquer funcionário
b) não coloque em dúvida a legalidade do seu carro
c) não atrase a cerimônia do pódio”

Trecho do Regulmaneto Esportivo da Fórmula 1 que permite comemorações após a prova (Foto: Reprodução)

A abertura da temporada 2014 está marcada para o dia 16 de março, na Austrália. Agora é esperar para ver se o vencedor do primeiro GP do ano, seja Sebastian Vettel ou não, se utilizará do novo texto do regulamento para fazer a festa diante dos torcedores que comparecerem ao no circuito de Melbourne;

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Temendo Honda, Mercedes diz que 

relação com McLaren será diferente

Fornecedora do time inglês desde 1995, Mercedes se prepara para encerrar parceria este ano, e toma precauções para evitar transferência de tecnologia para a japonesa

Toto Wolff quer evitar que informações caíam nas mãos da Honda (Foto: Getty Images)

A McLaren não faz questão de esconder sua empolgação com a reedição da histórica parceria com a Honda, a partir de 2015. Mas a retomada da aliança que rendeu o tetracampeonato dos mundiais de Construtores e Pilotos entre 1988 e 1991 pode acabar prejudicando o desempenho do time inglês este ano. A escuderia de Woking se prepara para encerrar um contrato de 20 temporadas com a Mercedes, e a fornecedora alemã já demonstrou receio de que sua tecnologia possa acabar nas mãos da fabricante japonesa.

O diretor executivo da Mercedes, Toto Wolff, garantiu que a empresa vai cooperar com a McLaren no início da temporada - período de transição em que as equipes ainda estarão se adaptando aos novos motores V6 1.6 litro turbo. Mas a relação amistosa deverá mudar no decorrer do campeonato, para evitar que a Honda possa se beneficiar de informações sobre o desenvolvimento do propulsor PU106A Hybrid, que também equipará o time da alemã, além de Force India e Williams.

- Eu acho que a McLaren ter contato tão próximo com um de nossos concorrentes não é uma situação ideal. Mas, nestes primeiros dias da temporada, temos uma meta de curto prazo que é comum: tornar o desempenho do novo motor confiável. É importante que, durante este curto período, todos nós possamos trocar informações e fazer com que a evolução do propulsor seja concluída rapidamente.  Depois disso, é natural que a nossa relação no dia a dia, durante o campeonato, mude, obviamente - declarou Toto Wolff à revista inglesa "Autosport". 

Fontes internas afirmam que a Mercedes já está tomando medidas adicionais para garantir que não haja risco de transferência de tecnologia para a Honda, que estava ausente da Fórmula 1 desde o fim de 2008, quando a fabricante nipônica foi forçada pela crise econômica internacional a se desfazer de seu time, adquirido posteriormente por Ross Brawn e, na temporada seguinte, pela própria Mercedes. A empresa alemã tem evitado colocar os engenheiros da McLaren em contato direto com o desenvolvimento de seu motor V6 turbo. Apesar disso, Toto Wolff acredita que as precauções extras não devem prejudicar o desempenho da escuderia de Woking em 2014.

- No final do dia, nós continuaremos sendo adversários na pista. Ainda há uma boa quantidade de informações que você pode compartilhar no desenvolvimento da unidade de força, assim como há uma grande quantidade de dados que você quer guardar em segredo de qualquer maneira, justamente porque eles estão migrando para a Honda. Mas esperamos que a McLaren seja uma forte concorrente este ano - concluiu o diretor executivo da Mercedes. 

Com Ayrton Senna, a parceria McLaren-Honda se tornou uma das mais vitoriosas da história da F-1 (Foto: Getty Images)

De acordo com o site oficial da F-1, os funcionários da Honda estão fazendo um "progresso notável" em relação ao desenvolvimento de seu motor V6 turbo 1.6 litro para o próximo ano, ainda que a temporada 2014 só comece em março, na Austrália. A fabricante nipônica já estabeleceu uma base esportiva no Reino Unido, e as instalações da linha de montagem devem estar concluídas até junho. Além disso, a matriz abriu uma nova unidade no Japão, e pretende começar em breve o novo programa de desenvolvimento automobilístico da companhia.

FORMULA 1 - 2014

Vamos com calma...

A primeira sessão de testes da Fórmula 1 acabou na última sexta-feira em Jerez de la Frontera, no sul da Espanha. Vários acontecimentos chamaram a atenção: os problemas da RBR e de Sebastian Vettel, as falhas dos motores Renault, o domínio da Mercedes, os polêmicos designs dos bicos dos carros e, claro, o bom desempenho da Williams de Felipe Massa. Para o público brasileiro, este último dominou as conversas entre os fãs. Pelo menos foi o que pude notar: todos os amigos que encontrei me fizeram as mesmas perguntas: "Será que este vai ser o ano de Felipe Massa? A Williams vai andar bem?"

Minha resposta para as duas perguntas foi sempre a mesma: "Vamos com calma, amigos." É claro que os resultados dos testes realizados em Jerez de la Frontera são muito animadores para a Williams. Em 2013, a equipe inglesa andou na rabeira, fez apenas cinco pontos e terminou o Mundial de Construtores só à frente das nanicas Marussia e Caterham. Os novos motores Mercedes - tidos como os melhores do início da nova era turbo da Fórmula 1 - e a nova equipe técnica liderada pelo engenheiro inglês Pat Symonds trouxeram um novo ânimo para a equipe de Sir Frank Williams. Mas ainda é cedo para cravar algo.

Os bons resultados na primeira sessão de testes servem apenas para a equipe saber que está no caminho certo. Com uma boa base, o desenvolvimento do carro fica mais fácil. Ainda mais em um início de ano em que a confiabilidade deverá ser crucial no resultado das corridas. Não necessariamente o carro mais rápido irá vencer corridas; quem for mais eficiente no uso do combustível - por causa da redução do tanque - e tiver um motor que não quebre deverá se dar melhor. E o desempenho nos primeiros testes deixaou a equipe inglesa muito animada. Felipe Massa chegou a liderar os tempos na sexta-feira.

Por falar em Massa, o que esperar dele nesta temporada? Pelo que pude conversar com ele no Kart das Estrelas, no início do ano, e do feedback que tive da equipe da TV Globo que esteve presente nos testes de Jerez, o brasileiro está bem mais leve. E muito motivado, com certeza. A Williams está construindo todo o seu projeto de reconstrução em torno de Massa, que tem oito anos de experiência como titular da Ferrari. Informações valiosas, tanto em termos da evolução do carro quanto na organização da equipe e também da parte técnica. E isso poderá também ajudar no crescimento do finlandês Valtteri Bottas, seu companheiro de equipe, que mostrou um bom potencial principalmente no fim da temporada 2013.

Ou seja: para quem torce para a Williams e também por Felipe Massa, a mensagem é de cautela. A temporada tem tudo para ser boa para a equipe inglesa, mas ainda é muito cedo para afirmar se ela vai brigar por vitórias. As chances existem, é claro. Mas qualquer expectativa exagerada pode complicar o trabalho. As duas próximas sessões de testes, ambas em Sakhir, no Bahrein, devem mostrar um panorama mais real sobre os primeiros GPs. Ter confiança sempre é bom, ainda mais diante de um cenário que parece ser bem animador. Mas é bom ir devagar para ter boas surpresas ao longo do ano.

FORMULA 1 - CARTOONS

Rush de Lego

Talvez por remeter à infância, parece que qualquer coisa feita com peças de Lego tem potencial para ficar bacana. E se a construção em questão for relacionada a uma paixão nossa, como a Fórmula 1, por exemplo, fica ainda mais legal. Empolgado com o recente lançamento do filme “Rush”, do diretor Ron Roward, um homem chamado Jon Reinhardt desenhou no computador miniaturas de Niki Lauda, James Hunt e seus respectivos carros da histórica temporada de 1976, a Ferrari 312T2 e a McLaren M23.

Ele colocou os desenhos no site “Lego Cuusoo”, uma empresa parceira do Grupo Lego, onde qualquer pessoa pode colocar projetos feitos com as famosas pecinhas para serem submetidos aprovação dos fãs. Se a ideia receber 10 mil votos tem a chance de ser virar um produto original do Lego. O autor promete deixar os carrinhos mais fiéis à realidade, com novos volantes, adesivos de patrocinadores nos carros e até detalhes, como a típica balaclava de Hunt. (Na imagem abaixo, os carros de verdade na largada do GP do Brasil de 1976).

 

No ano passado, um outro cara, chamado Edward Hunter, criou um "trailer" versão Lego de Rush. O resultado ficou, no mínimo, divertido. Relembre: